20 anos atrás, estava eu escrevendo a saga Revolução, estrelada por Val, onde ele acaba caindo no limbo dos personagens de quadrinhos brasileiros.
Em meio a homenagens e personagens próprios, estava o maior campeão naquele lugar: Setuplus, o homem mais poderoso do universo e que acabou sendo a chave para que os outros personagens conseguissem sair daquele lugar.
Anos depois, um grupo de artistas, todos amigos, se uniram para o zine, Ogiva. E, Anderson Cossa obteve a ideia para dar a Setuplus uma grande homenagem, o que também selou o eu destino.
De lá para cá, me vi na oportunidade de conceber um novo Setuplus.
Interessante pensar a respeito porque nada disso estava planejado.
Uma década antes, o mesmo Cossa e eu planejávamos uma franquia chamada Frank & Walter e tínhamos pelo menos seis minisséries idealizadas.
O enredo de Frank & Walter III eu acabei concebendo praticamente sozinho - aquelas ideias se tornaram tão pessoais que Cossa sequer entenderia; a saga seria calcada muito mais no fantástico que em qualquer outra coisa.
Assim, decidi por retirar esse enredo da série.
Aí, comecei a idealizar um roteiro com base em Frank & Walter III, mas com outro personagem em mente.
Convidei um outro amigo, chamado Denis Pacher para desenhar e ele topou.
Mas, o tempo foi passando e acabamos não conseguindo finalizar aquilo tudo. E Setuplus voltou para a gaveta.
Alguns anos depois e uma nova tentativa: dessa vez foi Fernando Damasio quem subiu a bordo numa outra trama de Setuplus. O update: o tempo que levou entre um artista e outro, me ajudou a definir as capacidades do personagem e uma personalidade – confesso que Setuplus, versão Pacher, acabaria sendo muito dramática, algo que já vinha de FW III. Agora, haveria um personagem mais leve, com uma abordagem mais super-heroística e sendo inserido no Vagnerverso de maneira bastante integral.
Setuplus, enfim está chegando; dessa vez desenhado por Antonio Carlos Melo. O artista, aliás já fez a primeira ilustra do personagem e você a vê acima.
Vem coisa boa por aí!
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