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Foto do escritorVagner Francisco

MEUS 20 MELHORES FILMES

Venho assistindo a filmes desde que me conheço por gente e quase nunca fiz uma relação dos melhores.

Geralmente elejo o melhor e ponto!


Porém, em finais de ano você sempre vê listas dos melhores - e percebi que não assisti a tantos filmes [novos] assim a ponto de eleger um top 10.


Sequer me recordo de todos, mas alguns eu posso dizer que gostei bastante:

- Amsterdã - filme que reúne um elenco de primeira [Christian Bale, Margot Robbie, John David Washington, Chris Rock, Anya Taylor-Joy, Rami Malek, Taylor Swift, Mike Myers e Robert De Niro] e conta a história de três amigos que se conhecem nos horrores da guerra e precisam deter uma tentativa de golpe de estado financiada por empresários. É uma trama fictícia, com pano de fundo real, pois a tentativa de golpe realmente aconteceu.

- Doutor Estranho no Multiverso da Loucura - é bom porque tem a assinatura de Sam Raimi; mas o roteiro é horroroso, e as soluções para certas situações são as mais simplistas possíveis. Mas se era para pagar pedágio à Nova Ordem Mundial, Raimi foi lá e fez com maestria!

- Argentina, 1985 - fantástica revisitação do julgamento dos militares após estes se excederem na ditadura.


Muitas decepções, como O Homem de Norte, por exemplo; The Batman e Adão Negro já apontavam pela ruindade; e o Homem-Aranha é o mesmo filme infantil de sempre, com Andrew Garfield e Charlie Cox roubando as cenas.


Ainda espero ver Telefone Preto [embora seja de 2021] e Os Banshees de Inisherin. Então, de repente a lista a ser apresentada aqui pode mudar ao final do ano.


Sobre o top 20, quero dizer que apenas o primeiro da lista é considerado como o meu filme preferido de todos os tempos - e, sim, levei muita coisa em consideração antes de chegar à conclusão.

Vamos a eles:

20º Cyborg, o Dragão do Futuro

Filme produzido pela bagatela de 500 mil dólares, escrito às pressas pelo diretor Albert Pyun, para cobrir a brecha que se abriu quando os projetos, box2box, Homem-Aranha e Mestres do Universo 2 foram puxados da tomada. Pyun cria um futuro distópico onde um vírus assolou a humanidade e uma ciborgue tem em seu banco de dados um código-fonte que pode ser a resposta para a criação de um antídoto contra o vírus. Porém, as gangues e quadrilhas daquele mundo violento, que preferem o mundo daquele jeito, farão tudo a seu alcance para interceptar a ciborgue. Por causa disso, um guarda-costas é contratado para proteger a ciborgue. Papel de Jean-Claude Van Damme, em seu primeiro grande protagonista - Cyborg foi filmado antes de O Grande Dragão Branco, mas lançado um ano depois.

Pela soma de todos os elementos acima, Cyborg deveria entrar na lista dos filmes mais importantes do século 20.

[deixo aqui uma baita resenha sobre esse filme]

19º Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora É Outro

“O final do Tropa 2, que mostra os milicianos chegando à política, foi profético de uma maneira que eu gostaria que não tivesse sido.”

A frase acima foi dita pelo diretor/idealizador dos dois filmes, Tropa de Elite, José Padilha. Inclusive, ele confessa que o final do segundo filme busca um "final feliz" para a dicotomia política, quando o policial de direita se une ao político de esquerda para acabarem com a corrupção do Rio de Janeiro.

Tropa de Elite 2 foi o filme brasileiro de maior bilheteria na história por um bom tempo. E mostra o aprofundar do agora Tenente-Coronel, Nascimento, às voltas com a milícia dominando as favelas, o tráfico e se embrenhando pelas polícias, a política e chegando ao Bope. Nascimento faz o que pode para combater esse crime organizado e violento; aliando-se inclusive a Fraga, um professor que se torna deputado no combate à truculência policial. Para piorar, Fraga é agora marido da ex-esposa de Nascimento, deixando tudo ainda mais pessoal. Tropa de Elite 2 é um filmaço, que prova a capacidade brasileira em fabricar thrillers policiais.

18º Matador em Conflito

John Cusack anda meio em baixa hoje em dia; mas é fato que seu auge esteve entre as décadas de 1990 e 2010. Nessa época, ele entregou os petardos, Digam o Que Quiserem, Os Imorais, Tiros na Broadway, City Hall, A Justiça de Um Bravo, Alto Controle, e Con Air; além do fracassado Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal. Ainda passa por Alta Fidelidade, Quero ser John Malkovich e chega até Identidade, com Escrito nas Estrelas, Ensinando a Viver, O Júri e Queridinhos da América vindo a reboque. São tantos bons filmes e tantas entregas que ficaria difícil apontar qual desses foi o melhor da carreira do ator. Os mais marcantes talvez sejam Digam o Que Quiserem, Alta Fidelidade e Matador em Conflito. E por que a minha escolha para "definir" a filmografia de Cusack foi Matador em Conflito? Porque foi com esse filme que ele inaugurou sua produtora; foi com Matador em Conflito que Cusack entregou o mais perto possível de um filme seu - onde ele atuou, produziu e colaborou no roteiro. Não obstante, três de seus irmãos aparecem no longa. Matador em Conflito conta a história de Martin Blank, um assassino de aluguel que vive uma crise de identidade, enquanto tenta manter as contas em dia; tudo piora quando ele volta à cidade onde cresceu para realizar um trabalho e coincidentemente é também convidado para a festa de 10 anos de sua formatura, com a velha turma e, claro, reencontra o seu par daquela noite, Debi - interpretada por Minnie Driver. Matador em Conflito é um filme indie em gênero, número e grau. E é muito bom justamente por isso.


E pensar que Cusack quase interpretou o Coruja numa adaptação de Watchmen quando esta estava sob a direção de Paul Greengrass.

17º Nacho Libre

Jack Black é um cara engraçado. Sempre foi aquele coadjuvante que roubava cenas - como em, por exemplo, Alta Fidelidade - e merecia a oportunidade de encabeçar algum projeto. Quando aconteceu, foi mágico: Escola de Rock é um marco; O Amor É Cego, impagável!; e podemos incluir a voz em Kung-Fu Panda. Mas, foi com Nacho Libre que Black entregou uma performance amalucadamente original. No filme, ele é um frei franciscano que decide ajudar o orfanato ao qual trabalha de forma voluntária, atuando como lutador - ou melhor, luchador. Nacho, papel de Jack Black, é uma espécie de personagem dos quadrinhos, com identidade secreta, interesse amoroso e vilões. Nacho Libre é o melhor personagem que Black já entregou. E, curiosamente, numa entrevista, quando perguntado sobre qual filme seu gostaria de repetir, Black foi direto ao ponto: Nacho Libre!

16º Um Drink no Inferno

Robert Rodriguez abandonou o projeto A Máscara do Zorro para dirigir esse filme, principalmente por causa do amigo, Quentin Tarantino, que escreveu e ainda interpretou um dos protagonistas. George Clooney, então um promissor galã saindo da série de TV, ER, poderia mostrar a que veio interpretando o irmão mais velho de Tarantino no filme. E ainda havia a musa indie Juliette Lewis e o responsável pelo pontapé inicial de Tarantino na direção: Harvey Keitel.

Não tinha como dar errado, num roteiro bem amarrado, com reviravoltas a cada cinco minutos e muita, muita loucura. Claro: ainda havia a participação mais que especial de Sattanico Pandemonium de Salma Hayek!


Um Drink no Inferno nos apresenta os irmãos Gecko: Seth [Clooney] e Richie [Tarantino], ladrões que estão fugindo da polícia e o intuito é chegar à fronteira com o México. Para isso, eles vão pegando reféns explodindo postos de combustíveis e o que mais vier. Eles acabam fazendo de reféns uma família que estava se recuperando de ua tragédia. O pai, vivido por Keitel, é um pastor que perdeu a fé, quando a esposa faleceu; agora ele tem que cuidar dos dois filhos. Juliette Lewis é a mais velha do casal. Para piorar um pouquinho as coisas, eles decidem parar num bar, chamado From Dusk Till Dawn - título original do filme - por ficar aberto a noite toda. E eles descobrirão por motivos óbvios.


Não considero Um Drink no Inferno o melhor filme de Tarantino, mas é o melhor de Rodriguez e com a interpretação de forma orgânica de Clooney, pré-estrelato e tentando mostrar o que poderia fazer. O filme é um tour de force difícil de ser refeito hoje em dia.


Ganhou duas sequências, mas não chegam aos pés do original.

15º Caçadores de Emoção

O longa que definiu os anos 1990? É muita coisa para Caçadores de Emoção? Bom, você tem hoje DEZ filmes de Velozes & Furiosos, e o original bebeu da fonte de Caçadores.

Talvez seja o primeiro grande papel da carreira de Keanu Reeves, e com certeza foi aquele que chamou a atenção de Hollywood. Para você ter uma ideia, quando convidado a estrelar Velocidade Máxima anos depois, Keanu decidiu se reinventar e fugir do perfil "rebelde" de Johnny Utah, de Caçadores de Emoção: raspou o cabelo na máquina 2, definiu como regra que seu personagem, Jack Traven não falaria nenhum palavrão e mostrava uma nova faceta educada; para decepção dos produtores que imaginavam um Johnny Utah cabeludo e radical, correndo atrás de um ônibus.


Thriller de primeira, Caçadores de Emoção mostra vilões que, de certa forma, tinham uma consciência ecológica e acreditavam numa "pane do sistema"; em dado momento, o personagem de Patrick Swayze, diz: "o banco tem seguro, vocês não. Não vale a pena morrer por causa de banqueiros."


Caçadores de Emoção trata de determinação e acreditar na vida! Johnny havia sido um jogador de futebol americano na faculdade e só parou por causa de um joelho que virou para o lado errado. Quando ele precisa aprender a surfar por causa de uma pista, redescobre o prazer de viver. "Estou começando a achar que você está gostando demais desse pessoal", comenta um desconfiado parceiro de Utah, Angelo Pappas, papel da vida de Gary Busey.


E, para quem fala de machismo no cinema e tal, um dos filmes mais radicais de Hollywood foi dirigido por uma mulher: Kathrin Bigelow. Fantástica!

14º Parasita

Escrito e dirigido pelo sul-coreano, Bong Joon-ho, Parasita foi o filme de 2019!

Mostrando uma luta de classes de forma, a princípio, velada para depois cair no corpo-a-corpo, Parasita conta a história da família pobre que tenta sobreviver a qualquer custo. O filho mais velho começa a dar aulas complementares para uma menina de classe média e, quando vê a oportunidade, indica uma "amiga" para ajudar o irmão desta. A amiga nada mais é que a própria irmã dele. E, com muita trambicagem, eles conseguem enfiar a família toda na casa dos abastados.


No entanto, as coisas começam a degringolar quando todos na história têm seus próprios problemas, preconceitos e ideais individuais.


Parasita é um filmaço porque não tenta te manipular de forma gratuita - como Coringa o faz o tempo todo - e você vai adentrando os recônditos da trama para ver até onde vai; e quanto mais se cava, mais fede. Parasita é um daqueles filmes que você não precisa assistir a várias vezes para se lembrar; é um filme marcante por si só. Talvez seja a obra-prima de Bong Joon-ho.


Muito premiado por todo o mundo e mereceu cada estatueta.


A meu ver, faltou a indicação de Song Kang-ho como ator coadjuvante no papel de patriarca da ala pobre do longa.


[aqui, uma matéria interessante para você compreender melhor a profundidade da trama]

13º 48 Horas

O filme que abriu caminho para Máquina Mortífera e tantos outros filmes chamados buddy cops.

Produzido por Joel Silver, dirigido por Walter Hill e co-escrito por Steven E. de Souza, 48 Horas mostra um policial tentando sobreviver e se aliando a um ladrão para encontrar os responsáveis pela morte de alguns policiais. Esse ladrão, é solto sob condicional por 48 horas, tempo que eles têm para identificar os verdadeiros vilões do filme. Mas a trama não importa tanto quanto a química entre o policial Nick Nolte e o ladrão Eddie Murphy, em sua primeira grande oportunidade no cinema.


Claro que Murphy rouba o filme para si, mas estamos falando de Nolte que não deixa barato. Reza a lenda que a dupla improvisava todas as suas falas, tanto nesse filme quanto em sua sequência.


48 Horas entra nesse top 20 por diversos motivos, mas focando em alguns, podemos dizer que é o filme que melhor sintetiza as carreiras de Murphy, Nolte e Hill.

Murphy fez bilhões com produções excelentes, porém nem tanto com o charme existente nesse filme. Embora Axel Foley esteja no imaginário popular, é Reggie Hammond quem tem maior potencial para novas histórias.

Nick Nolte fez tudo o que pôde e mais um pouco; de pai abusivo de super-heroi a vilão vilipendiador, seus personagens sempre foram carregados de humanidade. E, em 48 Horas, Nolte deixou o lado galã para trás e embarcou no policial maluco e fora de controle.

Já Hill, até entregou vários outros longas tão bons ou melhores, como Ruas de Fogo e No Limite da Traição, mas o charme e o elenco bem fechado de 48 Horas se sobressai.

12º A Outra Face

O filme que definiu o ano de 1997? Talvez! É fato porém que a trama já girava por Hollywood há bastante tempo. Geralmente se passando num futuro a lá Blade Runner. A ideia inicial era colocar Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger frente a frente numa troca de rostos e muita tecnologia.

Quando os astros recusaram, os próximos da lista foram Michael Douglas e Harrison Ford. Al Pacino e Robert De Niro também foram cogitados. E aí, eu incluo duas outras duplas que poderiam funcionar: Tom Cruise e Charlie Sheen; e Kevin Costner e Mel Gibson.

É curioso como alguns detalhes movem Hollywood.


Charlie Sheen era o grande astro quando estrelou Platoon, em 1986 - um também jovem Johnny Depp estava no elenco. Acabou sendo substituído por outro jovem despontando ao estrelato em Nascido em 4 de Julho, três anos depois: Tom Cruise. Ambos os filmes de Oliver Stone, diretor muito respeitado na época, que ainda trabalhou com Sheen em Wall Street, filme produzido entre os dois longas de guerra passados no Vietnã.

Segundo consta, Sheen estava escalado para estrelar Nascido, quando seu irmão, Emilio Estevez lhe diz que o diretor decidiu substitui-lo por Cruise. Sheen prometeu nunca mais trabalhar com Stone.

Anos depois, ironicamente, ele acabou por estrelar uma paródia de Top Gun, chamada Top Gang!. e, com o tempo, foi se aproximando das comédias, mas quando se levava a sério, tentava ainda se vender como um Cruise mais barato. Obviamente que Sheen sempre foi muito mais talentoso que Cruise, porém seus excessos e vícios literalmente destruíram sua carreira.

Então, imagine um A Outra Face, estrelado por Cruise, Sheen e dirigido por Oliver Stone! Puro ouro!


Já Mel Gibson e Kevin Costner trilharam caminhos parecidos quando decidiram partir para a direção - foram homenageados, premiados e ficaram muito respeitados. E perderam tudo graças a seus gênios.

Enquanto Gibson lutava contra o alcoolismo, perdendo inclusive a esposa; Costner tentava fazer as coisas à sua maneira e perdeu também a esposa nessa corrida.

Hoje, embora tentem se reerguer, ambos estão devidamente chamuscados em Hollywood. Claro que Gibson tem mais defensores - como os diretores que trabalharam com ele, e alguns amigos verdadeiros como Robert Downey Jr.

Então, um A Outra Face, estrelado por Kevin Costner e Mel Gibson, dirigido por--- bem, pelos dois seria algo insano!


A Outra Face uniu os astros John Travolta e Nicolas Cage com o diretor-sensação na época, John Woo. E foi justamente Woo quem sugeriu que a trama se passasse nos dias atuais. Tudo deu certo, desde o elenco ao roteiro e o longa cravou seu nome na história. Tanto que, mesmo após 25 anos, ainda há a possibilidade de vermos uma sequência. A pergunta que fica é: pra quê?

11º Star Wars - Uma Nova Esperança

É onde o cinema pop bebeu sua água. Era 1977 e ninguém esperava ver uma opera-rock cósmica com nuances de velho oeste e samurais e ainda ter histórias para uma saga gigantesca! Luke Skywalker é convocado para uma guerra que supostamente não é sua, quando descobre que há mais envolvimentos do sangue que corre em suas veias naquilo tudo do que ele poderia imaginar!


Princesa Leia pede ajuda a Obi-Wan Kenobi, o lendário e recluso cavaleiro da ordem dos Jedis, pois ela e sua aliança rebelde estão sendo perseguidos de perto por Darth Vader. Além disso, um contrabandista chamado Han Solo também entra na luta - devidamente pago, óbvio.


Uma Nova Esperança chegou sob a alcunha de Guerra nas Estrelas e fez um enorme sucesso. Seu criador, George Lucas, pôde transformar seus sonhos em realidade a partir dali.

10º Superman, o filme

"Você vai acreditar que um homem pode voar" esse foi o slogan do filme; e que filme! A Warner, dona da DC, editora do personagem, queria fazer algo gigantesco com sua então maior franquia. Em 1978, Superman comemoraria 40 anos e a busca por algo fora do normal era grande. Muitas estrelas foram consideradas para encarnar o último kryptoniano, de Al Pacino a Nick Nolte, passando por Sylvester Stallone. No final das contas, venceu o desconhecido Christopher Reeve, por opção do diretor Richard Donner, que conseguiu o contrato para três filmes após realizar o surpreendente A Profecia. Antes dele, Steven Spielberg também havia sido convidado, mas pediu muito dinheiro. Gene Hackman, oscarizado por Operação França foi a escolha certeira para um Lex Luthor trambiqueiro, muito inteligente e carismático.

Marlon Brando, o então maior astro de Hollywood foi convidado para a introdução como Jor-El, recebeu um cachê milionário e ainda sugeriu dublar um bastão fincado no chão, sendo este um kryptoniano. "Ninguém sabe como um kryptoniano é mesmo", teria sido a sua justificativa.

Da TV canadense, veio a intérprete de Lois Lane, Margot Kidder.


E o roteirista foi ninguém menos que Mario Puzzo, apenas o criador de O Poderoso Chefão.


Superman foi concebido para ser dois filmes em um; ou seja, a história seria dividida em dois longas que se complementam - o que acabou de certa forma acontecendo; porém como o diretor e os produtores entraram em rota de colisão por muitas vezes, o primeiro acabou sendo demitido após o lançamento deste filme e substituído por Richard Lester, que precisou rodar novas cenas para que seu nome pudesse estar nos créditos.


De qualquer maneira, Superman foi o heroi de várias gerações e Christopher Reeve acabou se tornando o rosto de um personagem - embora ele tivesse sido um ator muito maior. Basta vê-lo em Em Algum Lugar do Passado, A Cidade dos Amaldiçoados e, principalmente, Impróprio para Menores - onde ele interpreta um baita canastrão e vaidoso ator de uma trupe de teatro itinerante. Hilário!


Enfim, Superman ainda arranca emoção e diversão, numa trama de certa forma simples, mas muito bem-humorada.

9º A Sombra e a Escuridão

Esse filme foi o motivo para eu criar essa lista; porque pensei nos filmes que gostava e percebi que a maioria era de bastante tempo atrás; e, curiosamente, estava começando num novo emprego e essa nova experiência me remontou à chegada do personagem de Val Kilmer, quando é contratado por Tom Wilkinson que mais o ofende que elogia. E que ele teria que entregar logo a ponte, senão seria desprestigiado e difamado por toda a Inglaterra.


A partir daí, comecei a pensar nos filmes estrelados por Kilmer e esse ficava num top 3, top 5: O Santo, The Doors, A Sombra de Um Homem, Spartan, entre vários outros. Porém, como eu disse, foi A Sombra e a Escuridão que me deu a ideia para essa lista e, embora o nome de Michael Douglas apareça em primeiro nos créditos - ele também produziu o filme, por isso o seu nome em primeiro - o show é todo de Val Kilmer. E que show!


Kilmer é um engenheiro contratado para terminar uma ponte que ajudaria no desenvolvimento de um país africano, colônia da coroa.

O problema é que os operários desistiram do trabalho e fugiram por medo de uma dupla de leões que matam impiedosamente as pessoas e fogem do modus operandi dos felinos do gênero.

Então, além de concluir o trabalho, cabe a Kilmer e alguns outros malucos, a tarefa de primeiro se livrarem das feras e depois terminarem o trabalho; o problema é que as feras se mostram bastante inteligentes.


Filmaço dirigido por Stephen Hopkins.


8º Alien, o 8º Passageiro

É um filme de terror no espaço e você não imaginaria algo assim antes. Veja, 2001 tem um computador que enlouquece e bota tudo a perder. Já Alien, é um ser que literalmente aterroriza uma tripulação - e as plateias do mundo todo - no espaço.


Dirigido por Ridley Scott, Alien abre caminho para outros personagens tão fantásticos quanto - como O Predador, O Grande Anjo Negro, Inimigo Meu e até mesmo Missão Alien - e se abre para outros pontos de vista, como em sua sequência, chamada de Aliens, no plural, para mostrar que há mais deles; dessa vez dirigida por James Cameron e com um toque de ação.

7º Akira

Akira é o melhor anime de todos os tempos por muitos motivos; e talvez o maior deles seja o fato de misturar elementos de tudo o que funciona numa saga: protagonistas carismáticos, vilões manipuladores e vitimas fracas que se tornam vilões; rachas, brigas, gangues e, obviamente a proximidade de uma guerra mundial. Akira não te deixa pensar muito. É uma pancada atrás da outra. Katsuhiro Otomo criou uma obra-prima.


Engraçado que Hollywood tentou por diversas vezes transformar a saga de Kaneda em live-action, botando, de Leonardo DiCaprio a Chris Evans no cockpit da moto mais famosa da cultura pop. Sem sucesso.

6º O Vingador do Futuro

Arnold Schwarzenegger participou de filmes antológicos e isso ninguém pode negar; O Exterminador do Futuro e O Exterminador do Futuro 2, O Predador, True Lies, Comando para Matar, Inferno Vermelho, Conan. Enfim, há muita coisa boa. Porém, O Vingador do Futuro tem um elemento que não encontramos em nenhum outro: um roteiro redondo! Dirigido pelo holandês, Paul Verhoeven, pós-RoboCop, a partir de um conto de Phillip K. Dick, O Vingador do Futuro conta a história de Quaid, um operário que decide participar de uma espécie de RPG da vida real: ele sempre quis viajar a Marte - que estava sendo colonizado - e era constantemente desestimulado pela esposa, vivida por Sharon Stone; porém quando resolve então participar desse game da vida real, sua vida de fato muda. E aí ele já não sabe mais quem é. E a coisa só piora, porque a impressão que ele tem é que há um complô a cada esquina, em sua vida.


O Vingador do Futuro é mais um desses filmes que Hollywood não faz mais; tem ultraviolência, elementos de ficção científica e prende a atenção desde o início. Décadas depois, fizeram um reboot, mas foi um fiasco.


O Vingador do Futuro quase ganhou uma sequência e você nunca vai imaginar o responsável pelo não-acontecimento. Agora, se quiser saber, clique aqui.

5º Rocky, o Lutador

O primeiro filme da série Rocky que eu vi foi o segundo, Rocky 2 - A Revanche.

Sempre gostei desse filme, por todos os motivos e, principalmente porque às vezes tudo o que você precisa é de um incentivo. Vi Rocky 3, 4 e horroroso quinto filme no cinema. Mas o primeiro, eu nunca tinha visto.

Até que o Tele-Cine passou os quatro filmes em sequência para nos preparar para Rocky Balboa, o sexto e derradeiro da saga do Garanhão Italiano.


Aproveitei para ver Rocky, o Lutador e, embora seja o mais simples, direto e com menos orçamento de todos, mas disparadament, o melhor filme! Porque tudo ali é diferente. É uma ideia tão boa que fica difícil não se importar com aquele personagem que, de certa forma, é bastante simples e bobo.


Rocky, o Lutador é sobre alguém que busca uma oportunidade na vida, mas ninguém lhe dá; é humilhado e ridicularizado por todos e às vezes até hostilizado mesmo. No entanto, ele recebe uma oportunidade que pode mudar sua vida. E todos ao seu redor passam a vê-lo de forma diferente. Uma mudança na vida de Rocky pode ser a mudança nas vidas de várias pessoas ao seu redor. O roteiro é tão miserável quanto o filme e seus personagens. Não tem como você não parar para pensar a respeito.


Possivelmente o melhor filme da carreira de Sylvester Stallone.

4º Os Imperdoáveis

Escrito por David Peoples nos anos 1970, o roteiro se chamava The William Munny Killings, e mostrava um ex-assassino voltando às armas quando alguns vaqueiros têm suas cabeças a prêmio por cortarem uma prostituta.

Clint Eastwood comprou os direitos da história nos anos 1980, mas levou uma década para filmá-lo. Antes dele, Francis Ford Coppolla havia sido contratado para dirigir, mas, pelo visto as coisas não deram certo.


Clint então convidou seu amigo, Gene Hackman para participar, mas este não estava muito certo de que o trabalho valeria a pena: "Ninguém mais tem interesse em faroestes", teria dito Hackman.

Curiosamente, o mesmo Hackman ganhou seu segundo Oscar da carreira, dessa vez como ator coadjuvante, por Os Imperdoáveis - antes ele havia sido premiado na categoria principal por Operação França.


Fechando o elenco, vêm Morgan Freeman e Richard Harris. E que quarteto! E poderíamos incluir ainda Saul Rubinek e formar um quinteto. Na pele de um biografista, é Saul o elo que mostra uma semelhança entre os personagens de Clint - o ex-matador, Munny - e Hackman - o Xerife de Big Whiskey, Little Bill.


Segundo Peoples, Clint alterou apenas uma parte de Os Imperdoáveis - além de, obviamente, o nome do filme: o final. Em seu enredo, William Munny voltaria para casa e teria uma singela conversa com os filhos, dizendo que não matou ninguém, num evidente sentimento de vergonha pelo que fez. Clint filmou esse final, mostrou a algumas pessoas - Peoples, incluso - mas tudo ficou na sala de edição. Clint ja havia tomado a sua decisão.

3º Miami Vice

Filme cru, sóbrio e com estilo. Colin Farrell e Jamie Foxx formam uma dupla mortal quando se infiltram numa quadrilha de traficantes de drogas que se originam na tríplica fronteira e chegam aos EUA.

Michael Mann, criador da série para a TV nos anos 1980, Miami Vice, decide realizar um filme totalmente diferente, com personagens sérios e críveis. Uma baita trilha sonora, vilões de verdade e a possibilidade de se tornar uma franquia.


Mas, no final das contas, nada disso deu certo; desde a desistência de Foxx em terminar o filme por medo de morrer, à desitência das plateias em ir aos cinemas, deixando o fracasso como resultado daquilo tudo. O que é uma pena!


Falo bastante sobre o filme aqui. Confira!

2º Fogo contra Fogo

Reboot de Aconteceu em Los Angeles, de 1989, realizado por um Michael Mann ainda sem o prestígio de outrora. Fogo contra Fogo é um filmaço por diversos motivos: uma trama muito bem feita; bem dirigido; elenco espetacular com a certeza de vermos Al Pacino e Robert De Niro frente a frente pela primeira vez! Tudo funciona no filme e você torce para que aquilo nunca acabe. Mas vai acabar, é um filme - com uma maior duração inclusive - não tem jeito.


E seria interessante vermos um Fogo contra Fogo 2, talvez? Será mesmo? Falo sobre isso aqui e ainda penso que do jeito que terminou está ótimo. O filme é uma obra-prima por todos os seus predicados e defeitos.

1º Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões

Durante muito tempo, Kevin Costner foi o meu ator preferido; ele tinha um estilo próprio de interpretação e participava de filmes diferentes. O primeiro longa estrelado por ele que eu vi foi O Campo dos Sonhos - filme espírita sobre um milharal e jogadores de baseball.


Sorte no Amor, Sem Saída, Vingança e Os Intocáveis pavimentaram a carreira de Costner como um dos maiores astros de Hollywood. E Dança com Lobos foi o ponto máximo disso tudo! Ah, não podemos nos esquecer do faroeste Silverado, onde Costner rouba a cena como irmão mais novo de Scott Glenn.


Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões vem nessa sequência, quando os estúdios querem vê-lo de qualquer maneira estampando um cartaz de filme. E, apesar de diversos problemas e conflitos, esse Robin Hood é um filmaço do início ao fim, apresentando um protagonista que, embora seja um nobre no sangue, isso não é visto em suas atitudes. Até que as consequências de seus atos passados o fazem ver o mundo de uma outra maneira. E apesar disso tudo, Robin Hood é muito bem-humorado e divertido, como uma aventura legal - e eu lhe desafio a apontar um filme da Marvel ou DC mais divertido que esse!


Também fiz uma resenha daquele que considero o meu filme preferido de todos os tempos. Clique aqui e leia.


Algum desses filmes chegou a entrar no seu panteão de melhores? Deixe suas considerações. Se quiser aproveitar a seção de comentários para elencar o seu Top 20, manda ver!

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