Mineiro, de Esmeraldas, Ernani Diniz Lucas, mais conhecido como Nani era dono de um humor inconfundível.
Bastava você bater os olhos nas suas tiras, charges e cartuns para saber que eram dele.
A política era o seu combustível, mas não apenas; Nani trabalhou em humorísticos da Tv Globo, como Chico City e Escolinha do Professor Raimundo, além de Casseta & Planeta, Zorra e TV Pirata.
Nani começou a carreira como cartunista, em Belo Horizonte, no ano de 1971, no Jornal O Diário. Seu humor ferino e debochado conquistou um editor do jornal carioca, O Jornal. E como Nani sempre alimentou o sonho de morar no Rio de Janeiro, não pensou duas vezes e se mudou para lá.
Dois anos depois, estava trabalhando no icônico O Pasquim, com Jaguar e Henfil. Depois, substituiu Henfil no Jornal dos Sports, para em seguida partir para O Globo.
Nani criou a tira Vereda Tropical para fazer críticas e sátiras à política brasileira.
O artista também foi autor dos livros “Batom na Cueca”, “É Grave Doutor?” e “Tem Outra Palavra na Palavra”, lançado em agosto desse ano.
Nani estava no grupo de risco porque sobre três transplantes de rim num único mês e justamente por isso voltou a morar em Esmeraldas para se isolar do vírus da Covid-19. Infelizmente ele acabou contraindo o vírus e não resistiu.
Nani deixa esposa, dois filhos e uma neta.
Uma curiosidade: o artista dizia que era nos bares de Esmeralda que ele se inspirava para criar os tipos e os bordões utilizados em suas obras.
Nani não fará falta, ele já faz!
Fonte: G1, R7, Portal Terra, ConJur.
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