Drive é um filme que você assiste e não fica pensando que está sendo enganado.
Drive não é um filme que você sai reclamando ao acender das luzes.
Drive te faz perguntar “o que aconteceu com os bons filmes?”.
Drive tem uma puta história.
Um puta elenco.
Um puta diretor.
Drive é dirigido – embora trata-se de uma história de velocidade – sem pressa.
Não há necessidade de barulho, gritaria ou pirotecnia.
Há tudo isso no filme, lógico, mas as coisas acontecem naturalmente.
Vamos à história:
Ryan Gosling é um cara com a agenda cheia.
Ele, por ser um excelente piloto, é dublê em filmes de ação. Mas só por meio período. Na outra metade do dia, ele é mecânico numa Oficina, cujo dono é também o cara que lhe consegue o trabalho de dublê.
E quando sobra tempo, ainda é piloto de fuga para assaltantes.
Ryan não tem nome no filme, sendo chamado de “garoto”.
Quase não fala. E vive com um palito na boca.
Tudo muda quando ele ajuda sua vizinha, uma jovem mãe chamada Irene, e seu pequeno filho, Benício, com seu carro.
Tal ato o coloca dentro da casa dela e ele acaba descobrindo que ela é casada e o marido está na cadeia, mas prestes a ser liberto.
A ironia é que o garoto se apega demais à vizinha e a seu filho.
Graças a isso, ele acaba se metendo onde não é chamado e com isso traz conseqüências irreversíveis para a sua e as vidas de todos à sua volta.
Ao presenciar o vizinho ex-prisioneiro, todo machucado, após uma surra que tomou de homens desconhecidos que alegam que ele tenha contraído uma dívida na cadeia e começam a ameaçar sua mulher e filho, o garoto resolve intervir.
Daí para frente, o caldo entorna mais e mais.
E paro por aqui, porque contar mais só vai estragar as surpresas.
Assista se puder.
Um filme sensacional.
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